O documento mais antigo desta freguesia é de 1097, onde se refere que o Mosteiro de Guimarães possuía a Igreja “ de Sancta Marina de Laurosa, e a heremita Sancto Mamete de Castro”. O topónimo “Laurosa” radica no vocábulo grego “Laura” cujo significado reverte a ideia de “colónia de anacoretas”; este termo tem a sua génese etimológica no verbo “anakoreo”, significando aqueles ou aquelas que se retiram do bulício do mundo para se isolarem na gruta montanhosa, vivendo na oração silente e na contemplação amorosa de Deus, absolutamente isolados. Contudo, tem-se comumente aceite que um topónimo coevo do Paroquial Suévico, de São Martinho de Dume, “Carantonis”, constitui uma das 32 freguesias em que se dividia, nessa data, a Diocese de Braga. Corresponderia, hoje, ao lugar da “Cantonha”, desta freguesia. Não nos admira que, quer a “Laurosa”, grande colónia de anacoretas, quer a nominada “Carantonis” tenham sido nesta vertente norte do promontório da serra de Santa Catarina “São Mamete de Castro” uma área ingente de forte densidade populacional. Daí, e como pensa o catedrático professor Manuel Luís Real que presidiu às escavações arqueológicas no interior do Mosteiro aí terá descoberto uma Basílica galáico-asturiana onde, é de crer, a condessa Mumadona, o marido, Hermenegildo Gonçalves e os seus 6 filhos tenham caldeado na oração o verdadeiro alicerce da futura “Vimaranes”.Enorme é o valor desta terra, como também o é a grandeza da sua padroeira Santa Marinha, galega, das redondezas de Orense.
Pe. Armando
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